segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

E como nos libertarmos do Eurocentrismo?

A partir da leitura desse texto sobre o eurocentrismo de pesquisadores, a Daniela Moraes engendrou comigo uma discussão sobre como conseguiremos pensar a América Latina pela América Latina. Se estamos definitivamente sob o jugo de um pensamento letrado eurocêntrico; de que forma pensarmos sem a letra e a voz dos nossos colonizadores; como produzir conhecimento sem os esquemas e predeterminações do pensamento europeu.

E, enquadrado nesse pensamento, concordo que um texto sempre nasce de outro, uma ideia de outra, um discurso de outro. Somos para sempre constituídos pelo Outro, como nos diz São Lacan. Resta-nos vivenciar o nosso específico Édipo linguageiro: organizar a tradição dada pelo pai e pela mãe, pela natureza, pela conjuntura, pela história e pela cultura, pelo que nos diz sim e pelo que nos diz não, fundindo-nos em um e transformando em significante o outro, assumindo-nos como periferia, como colonizados, mediados e atravessados com uma tradição outra que eles não têm e aprendendo com eles no que erraram e acertaram. Eles não são puros, já que a cultura grega, judia e árabe também os atravessa. Mas diferentes de nós, eles se orgulham de e amam o que são e sabem lidar bem com suas mazelas e suas capacidades.. nosso trabalho educativo é esse, assim penso.

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