quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Onde estava Deus? (Ainda sobre a tragédia na boate de Santa Maria)

 Vou escrever como se tivéssemos 6 anos: se eu te disser pra não comer determinadas pimentas, pois ardem muito e isso vai te fazer mal, e tu insistires e comeres, tu não podes me culpar. 

Não acredito num deus paternalista. 

Quem matou os jovens não foi Deus ou o diabo. Foi o vampirismo de empresários (especialmente daqueles que dizem professar a crença em Deus, mas agem como se Ele fosse cego, surdo, mudo e aleijado). 
Todos somos avisados como devemos tratar uns aos outros. Não que eu possa dizer que tudo entendo (é muita pretensão humana querer impor sua compreensão racionalista e positivista de uns 300 anos, sobre todas as culturas e sociedades que já viveram ou vivem nesse planeta), mas meu pobre conceito de Deus é de que Ele é a Vida e o Amor, essa Inteligência misteriosa, discreta e ingovernável, que na maioria das vezes deixa espaço para o outro viver como quer e como pode.

Eu não culpo a Vida por ser quem Ela é. Eu não culpo o Amor por ser quem Ele é. Mas culpo sim o modo como se tenta administrar e manipular a Vida e o Amor. Quem controla a religião, quem controla a ciência, quem controla a sociedade e quem tenta controlar o outro (portanto, todos somos culpados disso também), têm responsabilidade nisso.  

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