Por que mais uma greve nas universidades federais?
“Por que você que procura uma Universidade Pública?
Porque quer a melhor formação profissional. Porque as Universidades Públicas têm sido sinônimo de qualidade de ensino e pesquisa. Porque quer ter aulas com os melhores professores(as), que podem orientar os (as) estudantes. Porque quer viver em um espaço universitário com boas bibliotecas, restaurante, moradia, laboratórios, núcleos de pesquisa e atividades de extensão.
Esta Universidade, em que você quer tanto entrar, está em perigo!
Por quê?
Houve um grande aumento do número de alunos que entraram nas Universidades, mas não houve aumento nas proporções necessárias de professores e funcionários , nem tampouco do espaço físico. Consequência: filas enormes para o almoço no refeitório, salas lotadas, falta de laboratórios adequados, falta de alojamentos para os/as estudantes, falta de infraestrutura para alguns cursos.
Os(as) professores(as) estão sobrecarregados com muitas salas de aula, projetos de pesquisa e atendimento aos estudantes, porque não houve abertura suficiente de concurso e faltam professores. Consequência: estudantes de pós-graduação estão dando aulas na graduação porque faltam professores e os que existem estão se desdobrando em inúmeras atividades.
Em meio a tantas carreiras do serviço público federal, os(as) professores(as) são aqueles que recebem o quinto pior salário pago pelo governo. E este salário é pago àqueles(as) que têm doutorado e trabalham 40 horas semanais. Consequência: profissionais que não se dedicam à Universidade e têm que trabalhar em outros locais.
O que ainda diferencia a universidade pública das faculdades particulares pagas é que nas universidades públicas há qualidade de ensino, porque há espaço para a pesquisa e os professores estão envolvidos integralmente no desenvolvimento dos cursos, pois se dedicam a uma carreira de longa duração.
Para defender a Universidade Pública de Qualidade e assegurar que os melhores professores fiquem aqui para formar os melhores profissionais é que estamos em greve a partir de 17 de maio.
Contamos com a sua compreensão, apoio e solidariedade. Educação de qualidade: uma causa que é de todos nós!"
(carta da ASPUV à Comunidade)
"...os docentes em Greve atualmente reivindicam a unificação da carreira e incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre níveis a partir do piso salarial de R$ 2.329,35 para o professor graduado em regime de 20 horas (nível 1), assim como percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Atualmente o salário base de um professor graduado 20 horas é de R$ 557,51. A reestruturação da carreira com o salário base de R$ 2.329,35 para o nível 1 (professor graduado em regime de 20 horas) teria um impacto remuneratório em todos os outros níveis, criando um efeito significativo em termos de ganhos reais para toda categoria. Ano passado, o Governo apresentou uma proposta de acordo emergencial de carreira que garantia a incorporação das GEMAS ao vencimento básico, o aumento de 4% e a criação de um GT para discutir a reestruturação da carreira.
O ANDES assinou o acordo, confiando de que este ano teríamos uma proposta de carreira aceitável para categoria. Foi então que, para a surpresa de todos, o acordo, com o famigerado aumento estupendo de 4%, foi transformado em Projeto de Lei e de emergencial passou a ser utilizado como instrumento de manobra para ir cozinhando a categoria em banho Maria. Agora, depois de muita enrolação, o acordo foi finalmente transformado em Medida Provisória, mas sem nenhuma sinalização de que algo mais substantivo será feito pelos professores das universidades federais.
Nenhuma nova proposta até o momento foi apresentada pelo Governo e a deflagração da Greve se dá em um cenário de insatisfação crescente dos professores das universidades federais em relação a sua remuneração frente a importância do seu trabalho para a sociedade brasileira.
É importante destacar que, embora isso pareça ter sido esquecido por certos segmentos outrora combativos, a Greve é um instrumento legítimo de reinvindicação e pressão em prol de uma luta justa e necessária para que possamos criar as condições ideais para que a universidade brasileira seja tão grande quanto ela deve ser"
texto de Luiz Paiva, professor da UFAm, https://www.facebook.com/luiz.paiva.9/posts/3459908091533
Porque quer a melhor formação profissional. Porque as Universidades Públicas têm sido sinônimo de qualidade de ensino e pesquisa. Porque quer ter aulas com os melhores professores(as), que podem orientar os (as) estudantes. Porque quer viver em um espaço universitário com boas bibliotecas, restaurante, moradia, laboratórios, núcleos de pesquisa e atividades de extensão.
Esta Universidade, em que você quer tanto entrar, está em perigo!
Por quê?
Houve um grande aumento do número de alunos que entraram nas Universidades, mas não houve aumento nas proporções necessárias de professores e funcionários , nem tampouco do espaço físico. Consequência: filas enormes para o almoço no refeitório, salas lotadas, falta de laboratórios adequados, falta de alojamentos para os/as estudantes, falta de infraestrutura para alguns cursos.
Os(as) professores(as) estão sobrecarregados com muitas salas de aula, projetos de pesquisa e atendimento aos estudantes, porque não houve abertura suficiente de concurso e faltam professores. Consequência: estudantes de pós-graduação estão dando aulas na graduação porque faltam professores e os que existem estão se desdobrando em inúmeras atividades.
Em meio a tantas carreiras do serviço público federal, os(as) professores(as) são aqueles que recebem o quinto pior salário pago pelo governo. E este salário é pago àqueles(as) que têm doutorado e trabalham 40 horas semanais. Consequência: profissionais que não se dedicam à Universidade e têm que trabalhar em outros locais.
O que ainda diferencia a universidade pública das faculdades particulares pagas é que nas universidades públicas há qualidade de ensino, porque há espaço para a pesquisa e os professores estão envolvidos integralmente no desenvolvimento dos cursos, pois se dedicam a uma carreira de longa duração.
Para defender a Universidade Pública de Qualidade e assegurar que os melhores professores fiquem aqui para formar os melhores profissionais é que estamos em greve a partir de 17 de maio.
Contamos com a sua compreensão, apoio e solidariedade. Educação de qualidade: uma causa que é de todos nós!"
(carta da ASPUV à Comunidade)
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