Vejo Queremos tanto viver, não sabemos gozar. queremos morrer. Os humanos ao nascerem e conviverem, se desejam, se entrelaçam nessa avalanche. Na valsa com um, encontro outro.
Em mim eu soube que a morte me aguardava. Mas não quero fazer pensável essa mata. Me custa percorrer suas trilhas. Me esquivo. Num baile, na correnteza de uma valsa, as máscaras me confundem, danço com a morte e com a vida alternadamente. E a morte se faz vida. E a vida, quando estou certo, é a morte. Nos bastidores me observa a ressurreição, deselegante, me pede pra pedi-la na próxima dança. Posso um pouco mais me divertir com a morte e a vida?
Os humanos se entrelaçam em redes. Entre elas eletriza a vida. Meus sentidos, atravessa a morte. E a vida se mina na sanha assassina que assola essas redes. Veja, eu vejo isso noutro espaço. Onde houver dois ou três reunidos, ali dança a vida, dança a morte. Onde houver um só, sopra a vida, tempestade a morte. Há a ressurreição com sua sedução faz querer de novo a vida. Mas não é assim, de onde vem esse cancro que me assalta quando não penso o parceiro da minha valsa? destino trágico, se sei e se fujo te encontro onde certamente te evitaria.
O sentido que sei sua seiva suas veias e seu sangue serpenteia a morte. Eis-me diante de ti, Vida, eis-me te tratando como Quem me pensa, e se penso deveria eu aceitar Tu me pensas. Posso Vida, posso te convidar pra bailar nesse dia? Posso te pedir pra vestir meu olhar? Posso, se te esquecer, cambiar o próximo passo e te fazeres ressurreição?
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