quinta-feira, 15 de abril de 2010

Confissões de uma Mente Mítica

vou tentar publicar uma lista de coisas que penso e observo sem necessariamente terem fundamentos "racionais", lógicos, científicos ou seja lá o que for. Resolvi chamar isso de mítico, mas ainda me parece ser um termo inapropriado. Enfim, é uma espécie de conhecimento e que não necessariamente se sustenta enquanto tal.

1o. Os humanos nos tornamos adultos, criamos rituais e sustentamos nossa hipocrisia, mas para melhor lidar com ela, cegamo-nos às nossas contradições.

Uma coisa que me fascina no roteiro de "Friends"  é essa decalagem entre ser adulto e ter comportamentos e atitudes infantis ou imaturas. Os governos, as sociedades, os grupos são assim. No meio religioso é assim tanto quanto no meio acadêmico.

Quando eu frequentava a Assembléia de Deus, tinha um papo que 'crente' tem que se santificar e ser diferente do mundo:  mas essa diferença era só na aparência, no jeito de se vestir, de falar e de deixar de se divertir, porque a disputa pelo poder, a fofoca e a hipocrisia eram as mesmas... não ser mundano era apenas uma performance. A infinidade de cristãos não consegue dialogar entre si, não consegue se amar, se proteger, se respeitar, aceitar suas diferenças e conversar sobre elas, não conseguem, enfim  se adequar à principal prova cabal que Jesus Cristo afirmou a respeito de sua divindade,  da relação afetiva de um Deus que ama, e não é um ditador mal-humorado; e da diferença que seria o principal "marketing" da igreja:

"Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste." (João 17:23)

"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". (João 13:35)
Fico pensando o que significa amar como Jesus amou e no que me fascina nEle: Ele nunca deixou de dizer a verdade, mas sabia o momento certo de dizê-la. Era muito sagaz em fazer as pessoas perceberem suas verdadeiras motivações; sabia confrontar, sabia gastar tempo junto e sabia se isolar, sabia aparecer e sabia se esconder, sabia quando agir e sabia quando delegar as tarefas,  sabia quebrar os rituais de poder e autoridade, indo na contramão das expectativas. Atendia a algumas necessidades, mas não a todas... e olha que Ele poderia satisfazer a vontade de todo mundo... sobretudo, estava disposto a morrer pelos seus, a abrir mão 'temporariamente' do maior e mais forte vínculo de seu ser, a ser traído, a ser negado, a não ter grandes expectativas com os seus discípulos, e ainda assim, ter paciência, vendo a cada um em seu processo de maturação. Eu queria ser igual a Jesus...


Se a igreja é essa escola fundamental, no universo acadêmico não é diferente.  As pessoas trabalham mais pra se promoverem do que pra promover o 'bem comum'. Mas o papo é sempre de transformar a sociedade. Isso é uma consequência, apenas... e se formam os grupos que disputam o poder em várias esferas, pra se protegerem e pra dificultar a vida dos que pensam diferente. Dentro de um departamento, dentro de um instituto e por aí vai.... é assim na UCLA, na Sorbonne, na UnB, na Unicamp, na USP,  na UFAM e com certeza, mundo afora... eles criticam uns aos outros, criticam as correntes e não conseguem pensar humildemente na dependência que temos uns dos outros; não conseguem ver o que outra teoria ou outras posturas têm de positivo e nem reconhecer a limitação das suas propostas. Se podem atrapalhar, por que vão ajudar? Falam de mudar a sociedade, mas não conseguem mudar sequer o jeito de se relacionar no jogo de poderes dentro das próprias instituições; nas atitudes imaturas que governam muito das decisões e projetos em suas atas e pareceres... e me diga, por que não admitir que esse é o desequilíbrio estruturante, constitutivo, profundo, sério e quase inviolável do humano, do universalmente humano? por que provavelmente vão precisar admitir que esse hiato do humano consigo mesmo, do humano com o outro, do humano com o meio ambiente e do humano com o Sagrado só se resolve com o Sagrado implodindo em si mesmo, em seu corpo, vicariamente, esse desequilíbro, metastatica e profundamente grave. Isso que o chavão religioso esvasiou pra uma lista de coisas a serem feitas ou evitadas, chamando-o de pecado.


2o. Passei anos fungando, dormindo mal com um dos lados do nariz sempre entupido, respirando pouco e produzindo um mucozinho, uma geléia incolor, nas fossas nasais... vivia gripando de 3 em 3 meses por conta disso... querendo emagrecer, perder mais a barriga, fiz uma tal dieta do limão que encontrei na internet (9 dias tomando o sumo de 1 a 9 limões em jejum, aumentando um limão a cada dia e depois decrescendo isso até o 18o. dia). Conclusão: limpou tudo... passei a evitar tomar café, leite e derivados e açúcar... descobri agora como controlar esse muco e controlar a tal da rinite... é só voltar a usar esses alimentos continuamente, que tudo volta... o melhor é que tô bem menos inchadinho... :)



... depois volto a publicar outros itens dessa confissão...

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